segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A incerteza paralisa.


Perdida em meus pensamentos encontrei nossas lembranças.
Vi a construção inacabada de lindos sonhos.
Senti a sensação da distância.
Voltei ao lugar nós e não encontrei só rachaduras.
Tinham também sorrisos fortes e uma força que sorria insistente.

Faltou coragem para começar um alicerce com infiltrações.
Parece que existia um poço de surpresas sendo perfurado.
Sentimentos desconhecidos foram brotando.
Tive medo de continuar, embora eu quisesse.

Encontrar o que?
Não sei, eu não continuei, escolhi a parada.
Larguei todas as ferramentas conquistadas com lágrimas.
Por medo do que elas me levassem a descobrir.

A dor do incerto me persegue.
Agarrei-me à frase: “É a melhor coisa a se fazer!”.
É natural desistir...
Mas não é natural querer voltar atrás.

Vanessa Morais 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Meu pensamento fala!


Penso em tudo, em tudo mesmo!
Viajo no meu pensamento, viajo mesmo!
Vou a lugares lindos, frios, coloridos.
Verdadeiros paraísos...

Converso com gente importante.
Durmo na rua.
Faço novela.
Ando de trem.
Me apaixono, me caso, tenho filhos.

Ensaio minha fala e a resposta das pessoas.
Planejo meu dia.
Faço o esbouço da minha terapia.
Anoto tudo que tenho que falar.

Sei onde vou morar.
Dirijo meu carro.
Brinco com meu cachorro.
Faço uma grande descoberta.
Ajudo as pessoas.

Vejo sorrisos.
Converso com Deus.
Sem sair do lugar.
Sem papel e sem caneta.

E todo dia é assim.
Meu pensamento fala só pra mim...

Por Vanessa Morais

segunda-feira, 5 de agosto de 2013





“Nunca é tarde demais!”






Em uma conversa com uma amiga, falávamos sobre futuro, concretização de sonhos, mudanças de vida, paixões...

Em meio à nossa fala eu disse a seguinte frase: - “Que pena que descobri tarde demais o que gosto de fazer.”

Ela me repreendeu e disse: - “Não diga isso, nunca é tarde demais! Tenho certeza que você vai conseguir.”

Parei, analisei o que escutei e fiquei quieta.

Mas por dentro, conversava comigo mesma.

O meu silêncio deu espaço para ouvir o coração.

Trocando pensamentos com ele, escutei a alma.

Como posso dizer que é tarde demais, se só tenho 24 anos.

Como posso dizer que é tarde demais, se é o meu sonho.

Como posso dizer que é tarde demais, se pretendo ajudar as pessoas.

Como posso dizer que é tarde demais, se ainda estou viva...

Não! Não é tarde demais, agora tenho certeza que é o tempo certo.

Eu pude enxergar que passei por um processo diferente para entender e amadurecer meu desejo.

Me sinto pronta para ser o meu melhor.

E como seria chata a vida se não nos proporcionasse a mudança.


Hoje aprendi uma lição de vida: “Nunca é tarde demais!”

Por Vanessa Morais

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Medo de quê?

 
Do que você tem medo?

Ter medo é natural, não é?

E é impressionante o poder do medo sobre nós.

É paralisante, gelado, sufocante...

Como lidar com o medo é matéria permanente.

Estou conseguindo, com a terapia, controlar os meus medos e até usá-los de forma benéfica.

Claro que não é do dia para noite que isso acontece.

É sim um trabalho longo, mas com resultados visíveis, com certeza.

Não acreditava em psicologia e achava uma baboseira ficar contando minha vida para um estranho.

Mas acreditem...

Dá certo!

E por ter comprovado isso, hoje sou apaixonada pela psicologia.

Não se culpe por ter medo.

Ele nos remete a uma atitude de respeito e atenção diante de alguns desafios da nossa vida.

É normal sentir medo ao ter de tomar uma decisão, principalmente porque se pensa no que vai deixar de ter e não na possibilidade de ganhar algo novo.

"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." (William Shakespeare)

Aí bate aquela vontade de desistir de tudo, para simplesmente fazer o que gosta e te dá prazer.  Mas não, estou com medo!

Medo de errar, de não conseguir, de ter feito uma má escolha, dos olhares tortos e julgamentos.

O desconhecido é assustador e fantasioso.

Não podemos ter medo das nossas escolhas, não podemos deixar o medo nos fazer desistir.

Aprendi que o medo se torna patológico quando aparece fora de hora e sem um motivo aparente.

Todavia a hora de ter medo é muito relativa.

Cada um tem os seus...

O que não pode ser natural é o medo ser maior que nós.

Não fazemos parte dele, ele é uma parte nossa.

Não tenha medo de ser feliz, viva, arrisque-se, permita-se! 

Por Vanessa Morais

sábado, 22 de junho de 2013


ANGÚSTIA



Bem que Clarice Lispector disse:

"Quando o mal vem, o peito se torna estreito, e aquele reconhecível cheiro de poeira molhada naquela coisa que antes se chamava alma e agora não é chamada nada."
  




Chorar me fez perceber o quanto ainda preciso de ajuda.
As lágrimas misturadas com a voz trêmula me fez sentir-se impotente.
Não consegui fixar meu olhar ao teu.
Uma dor ainda desconhecida aos poucos pulsou...

Queria muito ser forte o suficiente para não me deixar.
Quero encontrar algo que faça curar.
Quero caminhar tranquila, sem passos largos.
Quero me encontrar em mim.

Lutar contra a dualidade impulsiva.
Conseguir acreditar quando ouço que estará sempre ao meu lado.
Ver o não julgamento no seu abraço.
Entender que é difícil, mas eu posso!

Minimizar a busca constante do porquê.
Encarar a realidade sem máscaras.
Desmistificar o desespero de não conseguir.
Pedir licença à senhora angústia que não me permite.
E sem receios encontrar a felicidade.

Por Vanessa Morais

segunda-feira, 3 de junho de 2013


Um novo inesperado.



Não Acredito em amor à primeira vista, muito menos em paixão repentina.
Uma mãozinha do destino quem sabe?

Uma mão estendida, um convite para dançar...
Uma conversa rápida, um entrosamento fantástico.
Um beijo roubado, um pedido de levar em casa.
Uma conversa no banco da praça, uma verdade diferente.
Um olhar falante, uma descrição de simplicidade.
Um amanhecer atípico, um sorriso junto com o sol.
Um "posso te ver depois", uma ligação no dia seguinte.
Um pedido de namoro, um "eu aceito!".

Coincidência ou não, um novo sentimento apareceu, aquele frio na barriga surgiu...

Se isso é paixão?
Não sei, o tempo se encarregará de responder...

Se foi rápido demais?
Não se cronometra sentimentos...

Se a vida surpreende?
Sem dúvida!

Por Vanessa Morais

domingo, 19 de maio de 2013


Vale a pena?


Sempre estamos dando novas chances para a vida, para as pessoas, tentando novamente, repetindo só mais uma vez.


Todos nós estamos sujeitos a errar e com isso também sujeitos a perder a confiança de alguém, afinal somos humanos.

Conceder uma segunda chance pode valer a pena sim, mas quando a situação e pessoa em questão valem a pena.

O cuidado de não se machucar novamente é redobrado, como se estivesse brincando de campo minado, alerta a qualquer detalhe.

Tentando a todo tempo modificar uma história mal resolvida, com participação de um terceiro integrante chamado medo.

É difícil restabelecer a confiança se o botão do amor não estiver acionado.

Segundas chances também podem funcionar, para que generalizar?

As pessoas mudam...

Resta saber se elas saberão aproveitar uma nova chance.

Se estarão dispostas a reconquistar o que perderam.  

E disponíveis a reparar o que deixaram quebrar.

Se vale a pena, por que não?

Só não se esqueça de consultar o seu amor próprio.

Por Vanessa Morais