Seja inteiro, tenha medos!
A gente vive tentando se encaixar.
Nos padrões sociais, num corpo perfeito, na profissão ideal.
Buscamos a felicidade eterna e um futuro brilhante.
E estamos o tempo todo, tentando encontrar aquela nossa cara
metade.
Será que ela existe?
Aliás, a pergunta deveria ser: preciso ser metade de alguém?
Não somos melhores, quando somos inteiros?
Quando nos dispomos, sem reservas, para viver aquilo que faz
nosso coração pulsar,
Compreendemos que apesar do medo que nos cerca e de toda
insegurança,
Seremos rodeados de momentos mágicos e felizes, simplesmente
porque nos arriscamos.
A vida é, sim, um caminho cheio de grandes riscos...
Não temos garantia de nada, vivemos iminentemente com a
certeza da morte,
E é exatamente ela que nos impulsiona a viver, que nos traz
sentido...
Que paradoxal, o maior dos medos humanos gera e ressignifica
nossos dias, nossas escolhas.
Do que você tem medo?
Eu tenho medo de ‘não SER’, de não estar completa comigo
mesma, de ser metade.
Eu tenho medo de não amar, de sofrer por não arriscar, de
ver o tempo passar...
Eu tenho medo de coisas mornas, de corações puramente
racionais, de não ter borboletas no estômago.
Eu tenho medo de me desapaixonar pela vida, de perder meu
sorriso, de não conseguir abraçar.
Eu tenho medo de não poder escolher por mim, de não saborear
o caminho...
Eu tenho medo de não aproveitar cada momento com as pessoas
que eu amo, por ter medo de perdê-las.
Eu tenho medo de querer garantias da vida...
Porque, se já soubéssemos o que iria acontecer, que graça
teria construir e viver?
[Maria Vanessa Morais]
Nenhum comentário:
Postar um comentário